sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

O QUE É O CÉU?

 O que é o Céu?

"O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4)
Existe muita discussão acerca da localização geográfica do céu , enquanto bem poucos se atém a falarem daquilo que na verdade ele o é.
O fato é que não se dispõe de muitas informações sobre este lugar, além do registrado ser a casa da Majestade do universo e, portanto, um ambiente de ordem e decência.
Os discípulos de Jesus Lhe dirigiram uma capciosa pergunta, evidenciando a visão distorcida que nutriam a esse respeito.
Indagaram-Lhe: "quem é o maior no Reino dos Céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus"
(Mt 18:1-5)
O Mestre usando uma criança como exemplo dá uma noção do círculo social celeste, demonstrando não haver camadas sociais ou meritocracia, como o julgava ser aqueles os quais estava preparando como líderes espirituais após Seu regresso ao Alto.
Nas Suas palavras podemos captar qual seja a atmosfera de lá. Todos são absolutamente iguais em valor e importância; portanto o senso coletivo e a fraternidade são laços de unidade.
O próprio Jesus, ainda que sendo um Deus com vida de per si, jamais reivindicou o ser considerado em nível de Seu Pai, mas colocava-Se como filho e submisso.
Ele dizia que eram um. Um em essência, disposição e propósitos.
As crianças não alimentam acepção de pessoas. Fazem amizade fácil.
No imaginário popular o reino eterno é lugar de ócio, onde os remidos para lá transportados permanecerão pelo decorrer de uma eternidade sem fim, onde recebendo um par de asas, não tem nada o que fazer.
Fosse assim que ambiente tedioso seria!
Seus habitantes certamente tem muito para obrar crescendo em conhecimento e robustez intelectual.
Músicos podem dedicar-se ao aprimoramento no setor.
Biólogos, arqueólogos, cosmologistas, etc, certamente terão espaço amplíssimo de possibilidades para pesquisa na vastidão do universo.
Botânicos, amantes de flores e plantas, terão campo fértil e vasto para deliciarem-se no cultivo e ornamentação de jardins.
Afeitos a culinária poderão tornarem-se doutores na preparação de receitas com sabor inimaginavelmente requintado tendo à sua disposição as mais variadas e saudáveis frutas e grãos.
Ainda ressaltando que a prometida nova terra, ou esta atual, porém restaurada aos padrões do Éden, será a habitação dos santos. Se hoje aqui, sob todos os efeitos do pecado já é ela um lugar de extasiante beleza, imagine depois de sarada, curada, das chagas do mal?
Nem se pode calcular quão prazeroso seria visitar outros planetas. Apenas na via láctea, uma das menores galáxias que existem, o número de estrelas ultrapassa 100 bilhões!
O certo é que, aos sábados, todos reunir-se-ão para ouvir o Mestre ensinando, em culto de adoração dirigido ao Altíssimo acompanhado do coro de milhões de vozes angelicais.
Os que lá estiverem, olharão suas cicatrizes recebidas nesse mundo e se alegrarão por elas.
Lembrarão do grande volume de lágrimas aqui derramadas e causadas pelas injúrias sofridas também o ardoroso combate pela sobrevivência e preservação da integridade, e jubilarão em louvor ao Cordeiro de Deus por fortalecerem-nos nestes momentos tão angustiantes.
Tomarão a coroa que receberam ao darem entrada na mansão celeste e a depositarão aos Seus pés, dizendo: foi o Senhor que a conquistou por nós.
O céu é de graça!
O preço por ele já foi pago naquela cruz hedionda.
A estrada em seu rumo pode parecer estreita, carregada de espinhos e gemidos, mas o seu final é brilhante.
Onde ela termina tem uma coroa tão luminosa que joia alguma nessa vida pode ser comparada com ela.
No lugar onde essa estrada termina se encontra a porta, aberta e receptiva, para que adentre todo que aprendeu amar sem medida.
Jesus, o Rei Eterno, o Soberano dos soberanos, é o recepcionista recebendo a todos com alegria indizível.
Os anjos cantarão as boas vindas com esfuziante entusiasmo para aqueles lá tomando posse das promessas do Deus vivo.
Estes que, açoitados e feridos, com resiliência permaneceram firmes esperando estas se cumprirem.
Pensemos nisso.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

O que é o Sentido da Vida?



"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..."
(Gn 1:26)

Desse modo se acha escrito a respeito do surgimento dos primeiros humanos e a benção que, posta sobre eles, confirma o objetivo pelo qual passaram a existir: "e Deus os abençoou, e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra"
(Gn 1:28)

Observe-se no texto o propósito divino: Fez o primeiro par de filhos humanos concomitante a todas as demais criaturas, embelezando e preenchendo o território do planeta, sob a égide  da coexistência harmonica. 

E no composto dessa sociedade, o homem seria seu administrador.

"Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar" (Gn 2:15)

"Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo, e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles" (Gn 2:19)

Portanto, nesses padrões a vida começou na terra, tendo como lei de salvaguarda ao seu próprio bem estar, finalidades específicas dadas e a serem desenvolvidas por todo componente e integrante do sistema.

Mínima fuga de qualquer elemento aos moldes preestabelecidos implicaria em desarranjo daquela bem organizada sistemática.

Dessa forma é a essência da justiça: O bem tem o bem como consequência de si mesmo.  Violação a este sagrado depósito, interfere no seu perfeito resultado. 

E assim aconteceu.
Transgredindo o homem a constituição que lhe assegurava ordem e felicidade, obteve por consequência o caos e a aflição.

Introduziu discordância numa corrente necessária ser prosseguida em estado imaculado.

Toda criação, determinada multiplicar-se à partir do modelo inicial e assim conservando sua originalidade, se perverteu. 

Já o primeiro filho de Adão e Eva não nasce com raça tendo o gene fundamentado na imagem e semelhança do divino,  incontaminada e pura, porém formado com os caracteres modificados nos seus progenitores.
"Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete"
(Gn 5:3)

Com base em todo esse relato envolvendo a criação subentende-se o sentido, finalidade, propósitos, da existência; e partindo dessa premissa, o que cada um deve buscar caso deseje recuperar o Éden perdido.

O apóstolo João dá um indicativo sobre o que representa o genuíno sentido da vida e o modo a ser aplicado para sua reaquisição : "amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é. E assim mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro"
(1Jo 3: 2,3)

Ele segue: "nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica a justiça não procede de Deus, também aquele que não ama a seu irmão. Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros"
(1Jo 3: 10,11)

Enfatiza: "todo aquele que odeia seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si"
(1Jo 3:15)

Então, essa mensagem, nas palavras do apóstolo "ouvida desde o princípio", se traduz pelos dez mandamentos da Lei de Deus, cujo cumprimento evoca participação dentro do projeto divino da criação,  como cooperadores ao bem comum. 

Contrário ao que se propaga que a Lei exige obediência, ela na verdade mostra o caminho devendo ser trilhado de volta aquilo que se perdeu por incompatibilidade.

O sentido da vida, nesse caso, envolve dar utilidade para a existência como uma peça investida de função específica à própria harmonização do conjunto.

Uma identificação com o Céu.

Um exemplo disso pode ser extraído do relato da criação, onde tudo e todos coexistiam como irmãos. Como matéria composta de uma mesma de substância.

Ao fim dos tempos  está profetizado suceder a seguinte ação divina: "na verdade as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para ser julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, assim aos pequenos como os grandes, e para destruir os que destroem a terra"
(Ap. 11:18)

Por isso Tiago assevera que "pois qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça num só ponto, se torna culpado de todos" (Tg. 2:10)

Não dará entrada á nova terra, novamente  frisando: que é uma reedição do Éden perdido em função do pecado praticado lhe desequilibrando naquilo para qual foi destinado, nada que a possa contaminar novamente.

"Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
Nela nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro"
(Ap 21: 1,2,27)

"Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas; jamais haverá memória delas. Eles edificarão casas, e nelas habitarão; plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todas as obras das suas próprias mãos. Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade  bendita do Senhor, e os seus filhos estarão com ele.
E será que antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. 
O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não farão nem dano algum em todo o meu Santo Monte, diz o senhor"
(Is 65: 17, 21-25)

Então, como Francisco de Assis, que chamava de irmãos não apenas semelhantes mas também pássaros, flores, sol e lua, etc, assim igualmente aqueles se esforçando compreender e dar para a vida um sentido conscientemente definido, devem  construírem-se nessa essência. 

A finalidade da vida aqui se constitui no amor. Amor devotado a tudo e a todos. indistintamente.

Amor que irmana, ajunta, contribui.

Se a posse do Éden persistia com base no divinal atributo de amar e por negligência nesse aspecto vem ocorrer seu extravio, eduque-se então o coração ao seu reencontro.

A valorização e o respeito devido a toda e qualquer forma de vida deve ser prioridade e meta principal.

O verdadeiro amor não escolhe quem amar. Não impõe condições a quem se distribui.

Assim demonstra o relato da criação.
Assim revelam os exemplos de vida de Jesus.

Amava em sentido amplo, desinteressado, abnegado.

Eis um bom caminho de vida!

Pensemos nisso.


sábado, 25 de fevereiro de 2017

QUEM ERA NABUCODONOSOR,REI BABILÔNICO.

Muitos comentários delineando  comportamento e 
personalidade dos mais diversos personagens históricos registrados na Bíblia se ouve e se lê, porém pouco, ou quase nada, mencionam este que num passado não muito distante deteve nas mãos poder equivalente ao poder do presidente dos Estados Unidos, nação capaz de determinar o rumo de qualquer outra no mundo nestes dias atuais. Sim... Nabucodonosor, rei da antiga Babilônia, um entre os maiores impérios universais da historia do nosso planeta.
Homem que, por assim se dizer, exercia completo direito sobre cada vida habitante no mundo conhecido de então possuindo livre domínio sobre o destino daquela.
O que diz a Bíblia ser ele é o que se lerá neste artigo.
A Escrita Sagrada, referindo-se a qualquer, não omite a denúncia quando preciso, mas também não se esquiva exalta-lo quando por mérito.
A primeira alusão mais elaborada sobre a pessoa desse rei está de acordo com seu primeiro contato com o povo de Deus, e é descrita por Daniel, ainda que outros também façam referências ao mesmo episódio.
Isto pelo fato de haver  Daniel vivido um contato mais próximo, íntimo, com ele.
Tê-lo conhecido por interação.
"No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou..." (Dn.1:1) 
Tal  ocorre no ano 606 a.C., colocado por Jeremias no quarto ano do reinado de Jeoaquim enquanto posto por Daniel no terceiro.
Essa aparente discrepância se dá pelo fato de Jeremias dispo-lo ao final do cerco babilônico enquanto Daniel em seu início, cerca de nove meses antes.
Desta primeira incursão resultou muitos prisioneiros Judeus de descendência real, levados cativos para Babilônia, e coeficiente nas nossas primeiras considerações sobre os traços do homem em questão.
"Disse o rei a Azpenaz, chefe de seus eunucos, que trouxesse a alguns dos filhos de Israel, assim da linhagem real como dos nobres, jovens sem defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência e versados no conhecimento, e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei..." (Dn.1:3,4) 
A palavra "jovens" aplicada aqui não deve restringir-se ao sentido a que é limitada nos dias atuais, pelos que a atribuem o significado de meninos. 
Estava ai incluída a juventude.
Calcula-se que deviam ter entre dezoito e vinte anos e deveriam ser "instruídos em toda sabedoria e serem competentes para assistirem no palácio do rei"
No trato recebido por estes prisioneiros de guerra, percebemos um extraordinário exemplo da sábia política e liberalidade do ascendente Nabucodonosor.
Poderíamos tranquilamente escrever um volume inteiro baseado somente nessa única característica sua.
Em vez de dar preferência a meios que satisfizessem desejos inferiores e vis, como o fizeram, faziam e haveriam de fazer outros reis, ele escolheu jovens que deveriam ser bem educados nos assuntos pertinentes ao país e lhe pudessem prestar eficiente auxílio em sua administração pública.
Isto é notável!
Buscar obter o melhor de outra pessoa, independentemente de sua condição social, raça ou credo, é virtude de poucos! 
Ele conseguia enxergar a qualidade onde ela estivesse.
Durante o período de treinamento, que duraria três anos, lhes destinou boas condições de habitação e sua alimentação seria equivalente a servida a mesa real. 
Designou-lhes, não comida grosseira, o que muitos considerariam suficientemente boa para cativos mas, iguarias reais das quais ele mesmo comia.
Eles eram descendentes reais e como tal foram tratados pelo humanitário rei dos caldeus.
Outro detalhe que, seguido por todos os governantes do mundo faria deste um lugar aprazível para residência, era sua equilibradíssima e ponderada tolerância, aplicada como justiça ao teor da sua legislação.
Vejam bem.
A cultura antiga atribuía a um rei prerrogativas de um semi deus. 
Seu alimento diário continha porções ofertadas e consagradas pelas mais altas esferas sacerdotais aos deuses da nação, sendo por isto considerado especial.
Estes pratos servidos a sua mesa deveriam também serem repartidos com aqueles estudantes, até porque a crença a esse respeito seria o que os impulsionariam em sua tarefa aumentando-lhes sua inteligência e capacidade, através de sua comunhão com tais deuses. 
Um entre tantos melindres que acompanham os homens salvaguardando-os numa alta esfera popular através de seus dogmas fantasiosos.
Daniel e três amigos, por motivos de consciência  religiosa, optaram por um cardápio a base de cereais.
O rei acatou sua decisão, contrária que era a uma ordem particular, demonstrando novamente aqui possuir exata percepção daquilo por tantos propalado como democracia.
Muitos governos, visando interesses puramente pessoais incutem em seu povo a ideia de raça superior.
Bloqueiam acesso a imigrantes e declaram guerra aos que se opõe as suas normativas porque, declaram, são mais excelentes que outros pela moral que a si próprios se atribuem.
Neste relato Nabucodonosor aparece admiravelmente isento de fanatismo.
Não parece ter empregado nenhum meio de obrigar seus aprisionados mudarem seus credos.
Contanto que tivessem uma religião, ele parecia estar satisfeito, fosse essa a que ele professava ou não.
Que mentalidade admirável! 
Pudera o mundo ter mais governantes deste  cunho.
Transparece desejar ele governar para todas as camadas da sociedade, sem distinções.
Em virtude de tão  nobres atribuições Deus lhe deu a conhecer o percurso da historia das nações através de um sonho que teve e que não se lembrava o que era.
"Estando tu, ó rei no teu leito, surgiram-te pensamentos do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que  revela mistérios to revelou o que há de ser"(Dn.2:29) Aqui é realçado outro traço de caráter louvável no rei.
Em contraste com outros governantes, que enchem o momento presente com loucuras e orgias sem considerar o futuro, ele refletia sobre os dias vindouros, ansiosamente preocupado em saber que acontecimentos os haveriam de preencher. Seu objetivo com isso era, sem dúvida, melhor saber aproveitar sua vigente administração. "Então o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os caldeus, para que declarassem ao rei quais lhe foram os sonhos; eles vieram e se apresentaram diante do rei" (Dn.2:2)
Os magos eram os que praticavam magia. Tomando-se essa palavrano seu pior sentido, praticavam todos os supersticiosos ritos e cerimônias dos adivinhos, prognosticadores, lançadores de sorte e leitores de horóscopo, e outras pessoas da mesma espécie.
Astrólogos eram os que afirmavam predizer acontecimento pelo estudo dos astros.
A ciência da superstição era extensamente cultivada pelas nações orientais da antiguidade.
Feiticeiros eram os que diziam comunicar-se com os mortos.
É sempre neste sentido que a palavra feiticeiro se origina na Bíblia.
O moderno espiritismo é simplesmente a antiga feitiçaria pagã reavivada.
"Disse-lhes o rei: Tive um sonho... Os caldeus disseram ao rei... Dize o sonho e daremos a interpretação" (2:3,4) Qualquer que seja outra matéria em que os antigos magos e astrólogos tenham sido eficientes, parecem ter dominado a arte de extrair informações suficientes para formar a base de hábeis cálculos, e a partir disso formular respostas ambíguas que se adaptavam a todo rumo que tomasse os acontecimentos.
Por isso pediram ao rei que lhes contasse o sonho.
"Respondeu o rei: Uma coisa é certa; se não me fizerdes saber o sonho sereis destruídos, junto com suas famílias"(Dn.2:5-13)
Alguns tem censurado severamente a Nabucodonosor nesta questão, acusando-o de agir como tirano e irracional.
Mas esses magos se diziam capazes de revelar coisas ocultas; predizer acontecimentos; tornar conhecidos mistérios que suplantavam inteiramente a previsão e penetração humana, e fazer isto com a ajuda de agentes sobrenaturais.
Se esta pretensão tinha alguma validade o rei queria resposta.
A severidade daquela sentença se pode atribuir mais aos costumes da época que malignidade de sua parte.
Considere-se quem foram que desse modo incorreram em sua ira.
Eram seitas numerosas, opulentas e influentes.
Além disso eram as classes instruídas e cultas da sociedade.
Contudo o rei não estava apegado a sua religião a ponto de poupa-la, mesmo com a influências de que esta desfrutava.
Se o sistema era de fraude e impostura, teria de cair, por mais elevados que fossem seus partidários em números ou posição, não importando quantos deles pudessem estar envolvidos nessa ruína.
O rei não podia compactuar com a desonestidade ou o engano.
Mais tarde publicou um edito no qual assumia publicamente sua fé no Deus criador, proibindo inclusive em seus domínios qualquer palavra ofensiva contra a Majestade dos Céus.
Um grande rei, um grande sábio, um grande ser humano.













terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O QUE SIGNIFICA SER JUSTIFICADO PELA FÉ?


Dentre todos os capítulos da Bíblia, Romanos 7 e 8 certamente estão entre os mais incisivos.
O teor dos textos invariavelmente leva ao leitor refletir sobre a enigmática questão envolvendo o espírito humano: Quem lá na essência realmente somos nós? 
Nesse  revolucionário processo consciencial transmissor do senso de vida, todos os complementos tangendo o âmago, a real construção interior, aos homens torna-se imprescindível ser conhecido de maneira límpida, uma vez que se instaura em caracterizador de sua passagem pela existência como indivíduos.
Paulo relata ali os resultados por ele obtidos a partir de  prescrutadora  sondagem estendida para dentro de si próprio, e o que constata nesta experiência deixa-o sobremodo perturbado. Compreende, ao isso fazer, na integralidade a substância compondo seus traços de personificação e, sob ótica ainda mais assustadora, enxerga-se precisamente pela maneira como Deus nos observa e dessa maneira nos examina, o que produz então em seus lábios a seguinte exclamação "Miserável homem que sou" (Rm.7:24) 
O Livro de Jeremias exorta para atenção a essa peculiaridade inserida no plano remissivo dos pecadores e de imensurável significado para Deus "Enganoso é o coração (Íntimo da mente) mais do que todas as coisas,e desesperadamente corrupto,quem o conhecerá? Eu,o Senhor,esquadrinho o coração,eu provo os pensamentos,e isto para dar a cada um segundo o seu proceder,segundo o fruto de suas ações" (Jr.17:9,10) Salomão adverte que "Como águas profundas são os propósitos do coração do homem" (Pv.20:5a)  E que "Aquele que confia em seu próprio coração é insensato"(Pv.28:26) Porque "Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos mas,o Senhor pesa o espírito"(Pv.16:2)  
A sistemática linha de raciocínio comumente acompanhando todos os escritos Paulinos, segue fielmente diretrizes fundamentais aplicadas por Cristo ao ensino dos homens dando ênfase a conduta pelo prisma do coração.
Paulo era homem extremamente versado. Altamente graduado nas três  principais culturas contemporâneas a si: Grega, Romana e Judaica. Erudições estas com influência sobre o conhecimento até aos dias de hoje nos mais variados campos do saber.
Podemos afirmar ter sido ele, em equivalência, três vezes doutor.
Religioso de berço, e diligente pesquisador das Escrituras Sagradas.
Mesmo possuindo amplo e vasto domínio sobre teologia, após seu famoso encontro com Cristo na estrada para Damasco, isola-se e ainda por mais de três anos entrega-se ao estudo reavaliando pormenorizadamente tudo aquilo já absorvido até então.
Era sem sombra de dúvidas adepto do conhecimento. 
A carta endereçada aos Romanos foi escrita nos momentos finais de uma extensa carreira missionária; após décadas de centenas de pregações e viagens. 
Mas é, entretanto, nesse momento em sua larga experiência no exercício de suas convicções, testadas e provadas diariamente, que passou a compreender efetivamente o sentido legítimo das palavras de Jesus nos alertando para a indispensável carência de um novo nascimento para a fé partindo das coisas do coração.(Jo.3:3)
Vividamente compreende, nessa altura da sua vida, que toda prática, todo esforço próprio concentrado por ele no exercício de sua profissão religiosa teria sido de pouca valia caso seu coração não estivesse atrelado aquele propósito comandando-lhe as ações e, isto, seria fator determinante para sua aprovação perante o Céu.
Percebe agora quão vagos poderiam tornar-se os auto conceitos humanos concernentes ao seu próprio perfil de pessoa.
Deus, ao criar o homem, concedeu-lhe duas peculiaridades: Raciocínio, permitindo-lhe a contemplação, bem como também a soberana de todas as virtudes: o livre arbítrio.
Essa faculdade classifica o homem elevando-o a notoriedade entre as demais obras criadas, isto exatamente pela prerrogativa que sobre ele incide conferindo-lhe direitos de autonomia sobre todas as suas escolhas próprias.
Deus o fez "Segundo Sua imagem e semelhança"(Gn.1:27) Imagem, sob o ponto de vista físico e semelhança no âmbito interior.
Era o homem, nos seus primórdios, imaculado na mente.
Posto na terra como administrador da obra Divina, usufruía de liberdade para ir e vir, porém isto implicaria em responsabilidades sobre seus atos.
Interessante considerar que, instantaneamente após seu pecado, aquela original condição mental, como num flash, radicalmente se transforma.
A natureza Divina, indistintamente reta, foi surrupiada tomando-lhe lugar certa inclinação tendenciosa que, alojando-se no seu íntimo passa agora então a também lhe influenciar nos seus passos.
Vamos entender bem esta situação.
No Éden foi posta uma árvore e sobre ela especiais restrições quanto ao uso do seu fruto.
Muito provavelmente não se tratava esta de uma planta excepcional. 
O que a  diferenciava dentre as demais era a proibição pertinente a seu consumo e tal pormenor deve ter chamado a atenção do homem que, inexplicavelmente, a desejou e através disso contaminou seu coração e sua relação com o Céu.
Deus visitava o jardim em tempos pré estabelecidos, conforme dá a entender o relato Bíblico.
Ao chegar, na costumeira hora,  não encontrou o homem que até então O recebia em Sua chegada com entusiasmo e alegria.
Foi preciso chama-lo por nome para que aparecesse lhe fazendo a pergunta: Que fizeste? Lógico ser do Seu conhecimento todo o anterior ocorrido.
Estava ofertando-lhe sim oportunidade de contrição e confissão necessárias por parte do transgressor naquele momento.
Mas, que fez Adão? Acuado pela certeza de não poder  esquivar-se de Deus nem tampouco do crime cometido, intentou atribuir ao próprio Deus a responsabilidade do erro! "A mulher que me deste...Me deu o fruto e comi"(Gn.3:12) 
Procurou então o Criador em Eva oportunidade e espaço para arrazoamento entre ambos, porém ela se utiliza do mesmo artifício usado pelo marido"A serpente me enganou e eu comi" Porque fizeste a serpente? Porque permitis-te frequentar o jardim? 
Triste realidade. 
Quão rapidamente aquela semente lançada por Satanás germina, cresce e frutifica. 
Instala-se nos primeiros pais perpetrando-se-lhes irreversivelmente à sua posteridade.
A crise do Éden não se tratava meramente de um ato isolado, praticado de modo relapso, inconsequente. 
Se tratava sim de ações envolvendo intenção, dolo, malícia. Ponderemos no fato.
Eles não haviam sido feitos assim, mas agiram deliberadamente, espontaneamente; influenciados pela imperceptível inclinação incubada no seu novo caráter, caráter este moldado pelo diabo e inerente a si próprio. Ludibriados por esta desconhecida situação interior intentaram justificar o injustificável."Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer,agradável aos olhos,e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu,e deu também ao seu marido,e ele comeu"(Gn.3:6)
A Bíblia relata o episódio da queda e suas motivações de forma sucinta, entretanto para além destes registros Ela se resguarda de linguagem explícita  que detalhem o mecanismo pelo qual mentes virtuosas em seu mais elevado grau decaíssem daquele estado. 
O que é possível extrair-se nesse sentido são mediante a obviedade das evidências que a linguagem nos viabiliza. O bem e o mal em seus respectivos  complementos são dois campos separados pela justiça, posta como linha demarcatória entre ambos. 
O texto inicia pelo flagrante do homem observando, admirando aquela árvore, assinalando conter nessa atitude início de todo sequencial do episódio em questão.
Afirma estarem ali, parados em frente a ela, dentro do campo do bem, certamente curiosos sobre os intuitos lhe envolvendo.
Conheciam perfeitamente todos os motivos destes propósitos, mas seu primeiro erro consiste em desconsiderar a relevância e magnitude dos mesmos; caso contrário nem próximos dela teriam passado. Aqueles seguimentos do campo do mal tem a sedução como principal recurso para sorrateiramente insinuar-se aos rudimentos opostos a si.
Alcançando em lhes despertar a atenção, sua argúcia fatalmente os enredará e foi exatamente assim que aconteceu ao primeiro casal.
Desviando-se seus olhos por breves instantes das contemplações positivas ali embutidas, automaticamente se gerou a cisma que os transportou  conter aquele fruto perspectivas além das admitidas pela justiça, inflamando-os a ilicitamente toma-lo como se fora isto uma necessidade insubstituível.
Perceba-se que a narrativa do texto patenteia o desejo antes da ação caracterizando-o e penalizando-o desta maneira por  culpa.            A imperceptível intenção foi que os levou ultrapassar os limites do campo proibido e lá, do outro lado, agir em inerência aos característicos daquele.
Inclinaram-se voluntariamente a eclosão de um desejo e este gera a disposição que acaba confirmando a ambos como resultado.
Em outras palavras: Permitiram- se serem convencidos pelas ilações do diabo em lugar ás claras normas Divinas.
Paulo assevera que,"Tudo o que não provém da fé  (Amor, fruto do coração) é pecado" (Rm.14:23) 
Ele não recicla atos aqui, mas engloba absolutamente tudo.Todas as coisas. 
Entenda-se estarem envolvidas nesta sentença até mesmo ações com aparência de exato louvor. 
Certo erudito em religião, que, se com boa ou duvidosa intenção não fica bem claro, interpela Jesus referindo-se a vida eterna e recebe do Mestre como resposta outra pergunta "Que está escrito na Lei? Como interpretas? A isto ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás"(Lc.10:26-28) Observe-se no diálogo o apoio dado por Jesus ao exercício prático dos Mandamentos da Lei quando condicionado por intenções advindas diretamente do coração, outorgando a tal proceder aprovação da parte dos Céus relativamente a esta conduta. 
Em outra citação Bíblica sobre a Lei encontrada no Novo Testamento, Jesus se refere a Sua observância valendo-Se de certas arguições "Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Eu, porém,vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela" (Mt.5:21,22,27,28) Podemos montar uma paráfrase do quadro apresentado por Jesus desta maneira: Certo alguém não ousou tirar a vida do ofensor em vingança pelo agravo dele recebido, mas guarda o ressentimento e com isto, de igual forma, viola a Lei. 
Certo alguém, independentemente da razão, não traiu sua esposa consumando o ato com outra mulher que lhe agradou os sentidos, mas ao vê-la, no íntimo o deseja realizar, igualmente transgredindo o Mandamento, tornando-se culpado e réu.
Foi esta a constatação de Paulo, esboçada nos capítulos 7 e 8 de Romanos, motivando-o a tão intensa perplexidade. Ele questiona:"É a Lei pecado?De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado senão por intermédio da Lei, pois não teria eu conhecido a cobiça se a Lei não dissera:Não cobiçarás" (Rm.7:7) 
Depara-se diante de um intrigante paradoxo.
Fora educado desde a meninice dentro dos mais rígidos padrões que observam total subserviência ás questões religiosas e ardentemente primava por trilhar tal resolução. 
De repente conclui ter sido todo o empenho de uma longa vida de obediência a uma versão interpretativa da Lei algo absolutamente nulo quando contraposto ao espírito do Seu real sentido e significado. Compreendeu claramente sua total impotência e inoperância diante da força exercida pelo pecado implantado no âmago humano a partir de sua natureza própria. "Porque o pecado, prevalecendo-se do Mandamento, pelo mesmo Mandamento me enganou e me matou"(Rm.7:11) 
Poucos de verdade conhecem os objetivos e finalidades da Lei estabelecida por Deus colocando-se diante Dela de modo devido.
Ele não nos deu a conhecer Sua Lei com o fim de pensarmos estarem nela prerrogativas capazes de nos absolver dos nossos pecados, nos esconder deles ou mesmo acoberta-los.
Ela ficou como indicativo daquilo que obrado se torna em pecado.
Através dos Seus ditames ficam evidenciadas as diferenças existentes entre lícito e ilícito; entre virtudes e defeitos; verdade e mentira; bem e mal.
Nenhuma entre as mais severas censuras encontradas na Bíblia é tão incisiva quanto a que consta na carta para  a morna Laodicéia, pois se auto proclamavam: "Rico e abastado estou, e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que és infeliz, sim, pobre, cego e nu"(Ap.3:17)
O apóstolo afirma que "Cristo é o fim da Lei para justiça de todo aquele que crê"(Rm.10:3) e que "O homem é justificado pela fé, independentemente das obras da Lei" mas porém "De maneira nenhuma anulamos a Lei pela fé mas, pelo contrário, pela fé a estabelecemos"(Rm.3:28,31)
A contraposição das afirmações contidas nestes e outros textos similares até soam como contradições destituídas de nexo, mas pronunciadas foram por uma entre as maiores autoridades no assunto e que ao dissertar sobre o tema não necessitava porem-nos em sequência ordenada, o que para nós, pessoas comuns, exige empenho para o compreender.
Transparece que quando discorria sobre o assunto, esse fluía de acordo com outra situação Bíblica:Ele próprio comparecendo diante do tribunal celeste.
Ali encontram-se presentes o Pai eterno na função de juiz, o Filho como advogado, os anjos do Céu como jurados e testemunhas, a Lei como promotor de justiça, e como inquérito o registro fiel das obras do indivíduo contidas em livros designados para tal e também mencionados pela Bíblia.
O primeiro passo é a citação daquele registro respectivos ao julgado, acontecimento por acontecimento, sendo estes contrapostos aos preceitos todos contidos na Lei.
Observe-se aqui que, com base nas obras do homem, possui a Lei em síntese duas funções elementares: tanto o acusa como também testemunha a seu favor.
Posto um item na pauta para acareação passa ele cuidadosamente agora por criterioso exame: As circunstâncias todas a envolve-lo em seus motivos e causas.
E aqui não se pode deixar escapar nem sequer um detalhe, por mínimo que possa parecer, sob pena de serem atribuídos a este ou justiça ou injustiça; o que sabemos ser impossível, por não ocorrer falhas nas obras de Deus e serem estas todas perfeitas.
Poderia alguém questionar não serem necessários para Deus a execução de todo esta sistemática, mas a este afirmamos que Ele não permitirá a nenhum margem para inserção de dúvidas pertinentes a absolvição ou condenação aplicados a quem por direito receba.
"O que encobre suas transgressões jamais prosperará;mas o que as confessa e as deixa alcançará misericórdia"(Pv.28:13) 
A justificação pela fé é então juntada aos autos do processo.
É este momento do histórico de qualquer ato praticado em  vida na terra que será observado pela real dimensão.
Passa ele agora a ser minuciosamente investigado.
São postos sob revista  absolutamente todos os casos, quer os procedentes em acordo com os ditames da Lei tanto aqueles com exercício contrário. Ambas as situações estão passivas a aprovação ou reprovação, dependendo da conclusão estimadas com base naquilo que as determinou.
Foi ao constatar esta situação contraposta aquilo que enxergou em si próprio que assustou Paulo daquela maneira, inspirando-o a escrever Romanos, especialmente seus capítulos sétimo e oitavo.
Quando Adão violou a Lei de Deus, nada mais que ele pudesse fazer o livraria de condenação. Absolutamente nada.
Suas obras todas agora passariam pelo crivo da Lei.
Foi necessária a implantação do resgate por meio da morte de Jesus para escuda-lo da espada justiceira.
Sua única saída seria o arrependimento seguido da confissão e conversão: Dor pelo erro, responsabilidade assumida pelo erro, e consequente abandono do erro.
Tal premissa é outorgada a mácula justificando-a, enquanto o Advogado se levanta em favor do culpado substituindo-o, lavando-o, trocando a morte deste pela Sua.
Por isto se diz"Comprados fostes por preço(1Co.6:20)
































quarta-feira, 27 de maio de 2015

Os 400 anos de escravidão Hebraica no Egito.

Interpretados literalmente,certos versículos da Bíblia inerentes ao tema remontam em 400 os anos em que os Judeus permaneceram escravizados no Egito;mas teria aquele acontecimento alcançado realmente o citado número de dias?Vamos entender claramente a questão descobrindo algo na Bíblia que A conclui  no livro infalível,preciso e interessante que é.Iniciaremos apresentando textos que aparentemente se contradizem:Os 400 anos mencionados em Gênesis 15:13  confrontados com os 430 registrados em Gálatas 3:16,17 Utilizaremos a própria cronologia Bíblica para tal.
(1) O primeiro concerto com Abraão acontece aos seus   75   anos de idade (Gn,12:4 13:15)
(2) Nasce Isaque                                                                25   anos após        (Gn.21:6)
(3) Nasce Jacó                                                                   60   anos após        (Gn.25:26)
(4) Morre Jacó                                                                 147  anos após         (Gn.47:28)
Calculados subsequentemente á data do primeiro concerto divino com Abraão aos seus 75 anos de idade,estes números nos levam a 232 anos (75+25+60+147=232)Chega-se,portanto,mediante soma através dos textos apresentados ao falecimento de Jacó em território egípcio,trazido que fora por seu filho José,ministro de estado na ocasião. (Observação:Os cálculos utilizados valem-se a partir da menção Bíblica da idade de nascimento e morte de Seus personagens.Exemplo:Morreu Jacó aos 147 anos,17 após sua entrada no Egito (Gn.47:9,28) na época então com 130 anos,215 anos após o concerto com Abraão.(232-17=215)
Prossigamos.
(5) Jacó foi levado ao Egito aos seus    130    anos  (Gn.47:9)
(6) José  vendido ao Egito aos seus        17    anos  (Gn37:2)
(7) Empossado governador aos seus      30    anos   (Gn.41:46)
(8) Jacó chegou ao Egito                          9   anos após a posse de José (Gn.41:53,54 45:6)
Com base nestes cálculos,chegamos a temas interessantes:
Ao chegar seu pai,estava José no Egito há       13     anos.
Empossado governador já há                              9    anos.
Contados com a idade ao ser vendido              17    anos.
Tinha José (13+9+17=39) 39 anos de idade quando seu pai o reencontrou.
Idade de José ao encontro com Jacó    39   anos.
Tempo que Jacó viveu no Egito           17  anos.
Tinha José (39+17=56) 56 anos quando seu pai morreu.
(9) José morre aos                                                      110  anos (Gn.50:26)                                        (10)  Menos os anos que tinha ao morrer Jacó            56 anos.
José viveu ainda (110-56=54) 54 anos após morte do pai.
(11) Então somamos os        232   anos desde o concerto de Abrão á morte de Jacó.
(12) Mais  os                          54  anos de José ao morrer Jacó.
Desde o concerto com Abraão á morte de José passaram-se (232+54=286) 286 anos.   
Então,subtraindo-se  286 anos aos 430 anos mencionados em Gálatas.3:16,17 também Êxodo 12:40
termos (430-286=144) 144 anos que viveram os israelitas no Egito após morrer José e subir ao trono um faraó que não reconhecia aos feitos de José na sua terra,submetendo assim os hebreus a escravidão.
A aparente discrepância entre as afirmadas datas acima citadas se explica pelo fato de que a terra para qual Abraão migrou após seu chamado em Harã,a Palestina,na época era de domínio Egípcio,considerado assim Egito.Um autor considerava 430 anos levando em consideração o primeiro concerto com Abraão e,outro 400,em virtude da ratificação deste mesmo concerto mais ou menos 30 anos depois.
Este tema foi aqui abordado não sob título de  doutrina mas enfocando o método pelo qual a Bíblia por Si mesma se explica"Um pouco aqui,um pouco ali"(Is.28:13)Nem sempre aquilo que lemos em um texto,caso não analisado pelo contexto,pode ser apresentado como verdade absoluta.



















domingo, 8 de junho de 2014

OITAVO E NONO CAPÍTULOS DE APOCALIPSE (AS SETE TROMBETAS- Conclusão)

"E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para toca-las"(Ap.8:6) 
O segundo capítulo do livro de Daniel menciona o surgimento e queda de quatro grandes impérios universais consecutivos: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma, descritos sob o símbolo de uma portentosa estátua avistada em sonho pelo rei Babilônico Nabucodonosor. 
Idêntica referência encontra-se registrada no capítulo sete do mesmo livro, porém agora representada pela figura de quatro ferozes animais.
Na imagem, o quarto reino corresponde as suas pernas e pés, confeccionadas em partes de ferro e em partes de barro, indicando isto que, embora aquela nação por um lado detenha a dureza do ferro, teria também por outro a fragilidade do barro.
Os dez dedos de seus pés caracterizam o número pelos quais seria ela definitivamente fracionada. 
No animal, a divisão caracteriza-se pelo fato de possuir ele dez chifres, surgidos a partir dele.
Estes países recebem particular atenção nas profecias devido sua influência sobre o desdobramento da obra de pregação da Palavra de Deus durante o período em que cada um se acha localizado no curso da historia.
Interferiram durante o seu tempo positiva ou negativamente nas condições enfrentadas pelos arautos do Evangelho no cumprimento de seu sagrado dever nesta terra.
Observe-se que os sete selos aludem acontecimentos pertinentes a igreja, enquanto as trombetas paralelamente estampam fatos de ordem militar determinando rumos dados ao seguimento cristão durante a vigência de ambos.
As quatro primeiras, entre as sete, identificam o esfacelamento do império romano anteriormente profetizado com exata precisão (Ap.8:7-13) 
Destacam como "flagelos" as súbitas e letais incursões bárbaras sobre o território Romano culminando com sua derrocada total em 476 ad. 
Interessante observarmos a precisão dos detalhes contidos na profecia.
Este reino seria forte e fraco respectivamente.
Como o ferro, que esmiúça, Roma fazia em pedaços qualquer que lhe cruzasse seu caminho, no entanto era frágil internamente.
Corroída pela corrupção e ganância de seus políticos, encontrava-se de contínuo susceptível a golpes de estado, artimanhas e conluios secretos que lhe abalava em suas bases governamentais e consequente instabilidade econômica e social.
Exatamente nestes moldes encontrava-se o império no momento em que Constantino foi proclamado "augusto" pelas suas tropas em 25/06/306.
Este, depois de um reinado estranho, onde igreja e estado foram tendenciosamente fundidos como uma espécie de solução para os prognósticos de falência total a rondarem seu país, foi sucedido por seus três filhos: Constantino II, Constante I e Constâncio II, os quais dividiram entre si a administração do império até que, depois de uma serie de lutas confusas, Constâncio II emergiu como augusto único.
Tal situação abriu caminho para a irreversível partição do império favorecendo a confirmação legal do mais cruel sistema de governo romano: O papado.
O fato do legado de Constantino ter sido hereditariamente repartido á seus três filhos e ter servido isto de "porta de entrada" para as invasões bárbaras é revelado na profecia pela linguagem que define por "terça parte" o alvo atingido pelos "flagelos" anunciados pelos toques das quatro trombetas.
O nono capítulo inteiro de Apocalipse foi reservado exclusivamente para descrever o toque das três últimas trombetas.
Pela necessidade de um espaço muito grande que pudesse conter todos os pontos históricos focados por ele, o abreviaremos mencionando alguns que consideramos os mais importantes.
Para iniciarmos convém primeiro entendermos a situação de momento ao ressoar a primeira trombeta: O império romano estava que quase inteiramente tomado militarmente por aqueles que consideravam bárbaros, com exceção de umas poucas cidades. 
Porém, esta nova Roma, surgida á pouco, a Roma eclesiástica, tencionava reaver os espaços geográficos perdidos mediante sua recém criada política de conquistas, fato denunciado nos capítulos doze e treze das profecias de João. 
O papismo se empenhou aguerridamente nessa disposição, usando, aliados á matreira eloquência, os recursos da força bruta.
Muito além da extraordinária pompa de seus cerimoniais e os imponentes caracteres a adornarem aquele que era chamado de o vigário de Cristo, em nome de sua professa fé ela inconsequentemente condenava e matava seus dissidentes empregando para isto métodos infinitamente mais cruéis e dolorosos que aqueles aplicados pelos bárbaros contra os seus inimigos.
Isto chamou a atenção do mundo gerando aversão pela religião que Roma supostamente representava.
Esse quadro de bestialidade fomentou circunstâncias que impulsionaram a concretização dos elementos apontados pelos toques finais das trombetas, agora chamadas de "ais" para a humanidade em geral, e principalmente aqueles a se manterem fieis ás Sagradas Escrituras.
Como um barril de pólvora o planeta foi comovido em dissenções e disputas.
Deste ciclo de tensão e revoltas, onde alguns nomes se tornaram famosos, surgiram nações e respectivas religiões cujo fundamentalismo atingiria a sociedade da terra até aos dias de hoje.
Foi a partir deste ponto da historia e da profecia que guerras e terrorismo se levantaram mais enfaticamente utilizando motivos religiosos para se sustentarem.
Personagens históricos, como por exemplo * Maomé e Abu-Bakr; * Cosroes, * Otman, entre outros, encharcaram a terra de sangue durante o período do toque da trombeta respectivo a seu tempo e sua obra, postergando um legado de morte e dores que incide ainda atualmente.
Tudo isto se sucedeu e sucede em razão da atuação do quarto reino das profecias e somente terminará quando o Senhor, manifestando-Se na gloria de Seu retorno, decretar um definitivo fim para o mal.


















sábado, 31 de maio de 2014

A ORIGEM DO MAL.

            








Olá amigos. 
Quem há que pelo menos uma vez não tenha se confrontado com a indagação inquirindo sobre a origem do mal... Como e porque surgiu? Porque Deus não o eliminou logo no seu inicio? Porque continua ainda assolando a humanidade? 
Bons questionamentos, não?
Interessante observar que sempre parece haver embutidos nestes, de alguma maneira, uma espécie de arbitrariedade da parte de Deus transigindo com sua vigência; mas a bem da  verdade poucos conhecem de modo profundo as razões pelas quais o Onipotente Senhor do Universo não tomou as providências cabíveis no caso, não somente na sua atual existência mas, lá no princípio, quando isto começou.
E a resposta para tal situação é simples, embora complexa: Não o pode faze-lo! Quê??? Contradiriam alguns... Acaso existe impossíveis ao Grandioso Deus? Afirmamos que, dado a engendração empregada por Satanás quando da deflagração do mal geraram-se circunstâncias tornando impossível ao Senhor agir de modo que a legitimidade para uma incisiva ação naquele momento transmitisse total transparência perante o universo. 
Complexo, não é mesmo? Mas uma realidade.
E iremos aqui totalmente esclarecer o "mistério" usando a Bíblia para esse fim. 
Iniciaremos a explanação conhecendo um pouco sobre o precursor do mal: Lúcifer. 
Relativo a sua pessoa malvada, poderia ainda surgir outro questionamento: Mas teria Deus o criado  propenso ao mal? Absolutamente não. 
Foi gerado perfeito.
A forma em como exercitou o mal após instaura-lo em seu coração é possível ser explicado; porém a forma de como teria ele acedido ao mal em um ambiente de perfeição somente a eternidade poderá revelar. 
Então, o mal já existiria mesmo antes da criação perfeita de Lúcifer? 
Pode-se dizer que sim, pois mal é a retração do bem; e Lúcifer até então, foi o primeiro a incorrer nesta situação, por isto ser chamado ele de o "pai da mentira"(Jo.8;44)
Diz a Bíblia "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti"(Ez.28:15) 
O "desvio de conduta" contrário aos seus genuínos princípios se deu por meio do orgulho nutrido pelos  atributos com os quais foi concebido: Inteligência (Ez.28:3) Beleza (Ez.28:17) e posição (Ez.28:14) 
Tais lhe subiram aos olhos almejando alcançar prerrogativas que não possuía de fato. (Ez.28:6 Is.14:13,14) 
Para isso, por meio de enganos, confederou á sua rebelião outros anjos que certamente o admiravam (Ap.12:4 Jd.9 2Pd.2:4)
Mas, de que forma se constituiu tal rebelião? 
Bem... A Bíblia não se atém a muitos detalhes, porém deixa claros indícios do ocorrido naqueles tempos primórdios.
Acompanhemos um texto reservado a menção do assunto: "Houve peleja no céu. Miguel e os Seus anjos pelejaram contra o dragão (Lúcifer) Também  pelejaram o dragão e seus anjos"(Ap.12:7) 
Quem combateu o inimigo nos céus foi Jesus. (Jd.9 Dn.12:1) 
Não poderemos pressupor que a peleja que houve entre ambos os exércitos tenha acontecido sob uso de armas de guerra, tais como espadas, lanças ou outros, pois Satanás e suas hordas não seriam páreo eficientemente capazes para um confronto ao poder e majestade Divina.
O referido combate foi sim um tribunal de jurisconsultos, onde ambas as partes pleiteavam a razão da verdade. Compare (Ap.12:8) 
As evidências expressas no texto citado confirmam ter sido aquela revolta no céu uma conspiração realizada ás ocultas, distorcendo o diabo as verdades de Deus na mente dos anjos, como haveria de repetir já na terra com Adão e Eva.
Observe-se a linguagem de Paulo definindo o sacrifício realizado pelo Salvador:
"Porque aprouve a Deus que Nele (Jesus) residisse toda a plenitude, e que, havendo feito a paz, pelo sangue da Sua cruz, por meio Dele reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus" (Cl.1:19,20)
Então... declara o texto que o Calvário não se restringe alcançar apenas a terra, mas também o céu.
Mas como assim? Obviamente que pela revolta levantada pelo inimigo.
Usou lá as mesmas artimanhas usadas aqui.
Ardilosamente incutiu dúvidas nas mentes com respeito ás Leis de Deus, constituição do Seu governo, levando-os a suspeitas de Sua jurisprudência.
Não deveriam mais, a partir disto, de ama-Lo por Sua bondade e retidão, porém teme-Lo como um ser arbitrário, que promulga leis com objetivo de ser servido e honrado por meio destas, punindo impiedosamente a desobediência nas Suas absortas e falíveis criaturas.
Este tendencioso pensamento, comum em muitas pessoas aqui neste mundo, igualmente foi transplantado na convicção de milhares de seres angélicos.
Tivesse o Todo Poderoso tomado imediata sanção punitiva de morte sobre seu arqui rival e fatalmente estas mentiras teriam sido confirmadas como verdades.
O mesmo paradigma se reincidiu  no Jardim do Éden.
Vamos analisar a situação.
O homem pecou pela transgressão  da Lei de Deus, norma da organização Divina. Cobiçou; furtou, etc.(Gn.3:6 Os.6:6,7 Rm.5:12-14) 
Aquele ato aferia diretamente em no mínimo duas situações, resultando, para cada uma destas, consequências idênticas.
A Lei, violada exigia o sangue do transgressor para ser sustentada em vigência e e aplicabilidade.
Caso o Senhor Deus, naquele momento, impunha as sanções segundo Suas normativas judiciais, as profanas alegações de Satanás possivelmente tomariam a imagem de Deus invertendo-A em Sua posição e valores, ou seja: realmente  domina Ele compulsoriamente a cerviz de Seus filhos. É um ditador. 
Caso Deus não tomasse nenhuma providência, desconsiderando aquela transgressão, seria então Sua Lei tida como falha, sem alcance, sem definição; passiva a ser desrespeitada por quem quer que fosse, a hora que bem entendesse.
Para todo lado que Deus se voltasse haveria uma emboscada  mortal, cuidadosamente planejada e armada pelo adversário da paz e do bem.
Esta situação delicada  já se arrastara desde os céus, arrostando para a responsabilidade de Deus uma decisão que poderia custar a harmonia de todo o universo.
Foi sob tais circunstâncias elaborado o plano da salvação.
Por amor a todos os filhos Deus o criou.
Interessante observar que quando expulso do céu já conhecia o diabo dispor ele de um tempo previamente estabelecido por Deus.(Ap.12:12) 
Quando Jesus expirou na dolorosa cruz, os anjos permaneceram estupefatos diante daquela cena.
Ali se evidenciou quem em verdade tinha razão.
Ali as mentiras do sedutor caíram por terra.
Ali foi ele desmascarado em suas reais intenções.
Ali ficaram estampadas quais teriam sido os resultados se tivesse ele alcançado o trono supremo.
As guerras; violência urbana e no campo; pestilências acometendo não somente a idosos mas crianças e jovens; fomes; pobreza e riqueza extremas; comoções da natureza, etc. que arrancam rugidos de dor nos mortais, são fruto e obra do mal, despertado e executado pelo diabo.
Aparentam certa complacência da parte de Deus mas no seu devido tempo serão extirpados da vida daqueles que com paciência souberam suporta-los.
Deus, por amor de cada um de Seus pequeninos, por amor de toda a extensão de Sua obra se resignou a determinar um tempo específico para Seu ambicioso e invejoso inimigo, tempo esse quase esgotado.
O importante disto é que nesse período de conflito entre o bem e o mal nem por um segundo os sofrimentos infligidos ás Suas amadas criaturas passou-Lhe desapercebido.
Nosso Salvador, além da agonia da cruz padece as nossas feridas também. 




































O QUE É O CÉU?

  O que é o Céu? "O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4) Existe muita discussão acerca...